8 De manhã ele estava muito preocupado e por isso mandou chamar todos os adivinhos e todos os sábios do Egito. O rei contou os seus sonhos, mas nenhum dos sábios foi capaz de dar a explicação.
9 Então o chefe dos copeiros disse ao rei: — Chegou a hora de confessar um erro que cometi.
10 Um dia o senhor ficou com raiva de mim e do chefe dos padeiros e nos mandou para a cadeia, na casa do capitão da guarda.
11 Certa noite cada um de nós teve um sonho, e cada sonho queria dizer uma coisa.
12 Lá na cadeia estava com a gente um moço hebreu, que era escravo do capitão da guarda. Contamos a esse moço os nossos sonhos, e ele explicou o que queriam dizer.
13 E tudo deu certo, exatamente como ele havia falado. Eu voltei para o meu serviço, e o padeiro foi enforcado.
14 Então o rei mandou chamar José, e foram depressa tirá-lo da cadeia. Ele fez a barba, trocou de roupa e se apresentou ao rei.
15 Então o rei disse: — Eu tive um sonho que ninguém conseguiu explicar. Ouvi dizer que você é capaz de explicar sonhos.
16 — Isso não depende de mim — respondeu José. — É Deus quem vai dar uma resposta para o bem do senhor, ó rei.
17 Aí o rei disse: — Sonhei que estava de pé na beira do rio Nilo.
18 De repente, saíram do rio sete vacas bonitas e gordas, que começaram a comer o capim da beira do rio.
19 Depois saíram do rio outras sete vacas, mas estas eram feias e magras. Em toda a minha vida eu nunca vi no Egito vacas tão feias como aquelas.
20 E as vacas feias e magras engoliram as bonitas e gordas,
21 mas nem dava para notar isso, pois elas continuavam tão feias como antes. Então eu acordei.
22 Depois tive outro sonho. Eu vi sete espigas de trigo boas e cheias de grãos, as quais saíam de um mesmo pé.
23 Depois saíram sete espigas secas e queimadas pelo vento quente do deserto
24 e elas engoliram as sete espigas cheias e boas. Eu contei os sonhos aos adivinhos, mas nenhum deles foi capaz de explicá-los.
25 Então José disse ao rei: — Os dois sonhos querem dizer a mesma coisa. Por meio deles Deus está dizendo ao senhor o que ele vai fazer.
26 As sete vacas bonitas são sete anos, e as sete espigas boas também são. Os dois sonhos querem dizer uma coisa só.
27 As sete vacas magras e feias que saíram do rio depois das bonitas e também as sete espigas secas e queimadas pelo vento quente do deserto são sete anos em que vai faltar comida.
28 É exatamente como eu disse: Deus mostrou ao senhor, ó rei, o que ele vai fazer.
29 Virão sete anos em que vai haver muito alimento em todo o Egito.
30 Depois virão sete anos de fome.
31 E a fome será tão terrível, que ninguém lembrará do tempo em que houve muito alimento no Egito.
32 A repetição do sonho quer dizer que Deus resolveu fazer isso e vai fazer logo.
33 E José continuou: — Portanto, será bom que o senhor, ó rei, escolha um homem inteligente e sábio e o ponha para dirigir o país.
34 O rei também deve escolher homens que ficarão encarregados de viajar por todo o país para recolher a quinta parte de todas as colheitas, durante os sete anos em que elas forem boas.
Gênesis 41:8-34 NTLH https://bibliarei.com.br/ntlh_genesis_41_8-34